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Sentir, compreender, amar.

Segunda-feira, 06.02.06
A compreensão lógica de algo faz com que se tente racionalizar o que sentimos, ao tentarmos racionalizar o que sentimos afastamo-nos do sentimento. O conflito entre estes dois campos leva, nas sociedades ditas "modernas", a uma crescente insatisfação e ansiedade com o próprio. Tentamos explicar aquilo que pensamos compreender porque assim o sentimos, tentamos sentir as coisas porque assim as compreendemos. Afastando-nos de nós próprios ao elevarmo-nos á compreensão deixando de fora o que sentimos. Afastando-nos de nós próprios ao tentar elevar aquilo que sentimos a uma compreensão. Dizemos existir um equilíbrio mas andamos sempre a compensar, ora por excesso ora por defeito, sem nunca de facto andarmos equilibrados na realidade.
Já terei falado, em textos anteriores, que o amor seria aquilo que nós humanos devolvemos ao universo como elemento primordial (para além dos elementos terra, água, ar, etc). Já tambem falei que o amor incondicional nos ajuda a compreender algo mesmo que não o sintamos. Poderá então ser o amor incondicional uma ajuda na resolução do conflito compreensão-sentimento? Todos aqueles que foram considerados profetas de alguma ideologia religiosa ou filosofia de procura do significado da nossa existência tropeça neste conceito. É algo incontornável, elevado á celebração máxima ou ao tabu, sacrilégio, puro dogma quando não se sente aquilo que nos ajuda a compreender mas não tem compreensão. O amor é algo que sentimos e ajuda a compreender aquilo que amamos. Não é algo que compreendemos, é algo que sentimos. Não sentimos que o compreendemos em si mas ajuda a compreender o objecto pelo qual o sentimos. Parece uma solução tão simples mas ao mesmo tempo procuramos explicar um sentimento complicado e embrulhamo-nos em questões intermináveis que nos colocam cada vez mais no conflito compreensão-sentimento. Não nos sentimos completos ao procurar a compreensão do Mundo, falta tempo para o sentir... Não nos sentimos completos ao sentir o Mundo pois acabamos por não compreender nada dele...
Amando encontramos a "cola" entre os dois, a ponte que une as margens em conflito, o equilíbrio da dictomia, não por excesso, não por defeito, mas por uma constante.

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publicado por Ogle às 16:37


2 comentários

De Anónimo a 06.02.2006 às 16:43

é mesmo isso :)gala
(http://trocadeolhares.blogs.sapo.pt)
(mailto:gala.trocedeolhares@gmail.com)

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