Domingo, 27.03.05
Num campo mais metafísico, a energia, desempenha um papel vital nas nossas vidas. Toda a matéria é composta de energia ao nível atómico pelo que partilhamos nós o mesmo brilho das estrelas. Mas a gestão pessoal de energia ainda se torna uma dificuldade para nós. A energia pode ou não ser palpável, assim como pode ser visível e invisível. Se de facto nós somos compostos de energia, alguns acreditam que a nossa consciência do facto nos permite libertar, tratar, controlar, todo o nosso corpo físico, dominando o campo metafísico da energia. Como em tudo alguns seguem religiosamente tais doutrinas levando (ou elevando) as mesmas a uma quase sacralidade de peregrinação de fé. De facto algumas coisas poderão ser chamadas de energia (em mera comparação) como o amor. De facto esse veículo humano, força motriz das nossas massas sociais. Por mim o amor é uma boa forma de alimentar o espírito. A tal parte metafísica a que nós chama-mos alma, aquela que todos teem medo que morra e que se perca. Se no fundo o espírito de uma pessoa é energia física e energia "psique", dizia já Lavoisier, físico: "Na natureza nada se cria, nada se perde,tudo se transforma." De facto é verificado ainda nos nossos dias verdadeiros "milagres" da mente humana. Casos de efeito placebo inacreditáveis (muitas vezes mal associados a milagres religiosos) são descobertos e cada vez mais teorias incríveis sobre o ultrapassar do corpo físico se formam. Teorias como alimentação prãnica envolvendo largos anos de jejum de comida física. Cada vez mais se retorna aos antigos costumes, tendo sido o final do século XX a ressacralização da sociedade. Cada vez mais se experienciam viagens para além do corpo, para além da mente.
E toda esta energia se dispersa, não se perde mas transforma-se num força ténue e inactiva, contraproducente. De facto a energia criativa não se forma do nada, não se cria do nada, transforma-se nela própria a partir de algo. Criativos martirizados e fechados em si dizem que essa força provem do sofrimento, da angústia, de uma insatisfação constante. Criativos abertos e expansionistas dizem que ela provém do amor e felicidade que sentem constantemente pela vida. Como dizem os orientais no seu ying-yang, para tudo o seu oposto equivalente. De facto os constructores e os destruidores são equivalentes neste aspecto, criativos abertos constroem, criativos fechados destroem.
Qual será então o segredo da gestão e acumulação de energia para a correcta canalização da mesma?
Autoria e outros dados (tags, etc)
publicado por Ogle às 03:37