Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
Uma silhueta ténue de uma sombra
Contempla-se sempre o mundo de uma forma narrativa, uma linha temporal que a descreve, um seguimento qualquer que nós tomamos como lógico. Um juntar de acasos fortuitos na infinita possibilidade das probabilidades. Certos momentos podem simplesmente ser descartados da nossa vida, ou podem ser acariciados como momentos preciosos. Certos "timings" de acontecimentos podem ser então acariciados como uma vivência rica nesta passagem nobre.
Acreditemos ou não em outras instancias de vivência pequenos momentos são então vistos como acasos de felicidade, recordações de uma linha temporal inconstante. Mas quando guardado na memória fica como um raio de sol que aquece a alma, que nos arrepia e nos faz sentir realmente vivos ao saborear a riqueza que é a vida humana.
Podemos então encontrar nesses raros momentos de concordância de acontecimentos a razão de nós sermos de facto escolhidos e abençoados pelo universo. Assim como é a infinita probabilidade de sermos únicos, a concordância com outros acontecimentos, que tal como nós, não são repetíveis jamais. Somos simplesmente abençoados por poder testemunhar a unicidade de tudo que nos rodeia. Mas dificilmente reparamos naquilo que nos rodeia todos os dias. Como tentar reparar na silhueta ténue de uma sombra que nos acompanha todo o tempo.