Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
Não sei porquê...
Simplesmente não sei o porquê. Sinto que palavras são ditas como frágeis convições que caem por terra no primeiro olhar. As palavras dizem aquilo que não se sente, mas se tenta convencer que é assim. Mentimo-nos mutuamente uns aos outros diariamente, e mesmo assim nem em nós podemos confiar.
Nem em nós podemos confiar pois nós proprios nos mentimos. Dizemos aquilo em que queremos acreditar, assim respondemos aos outros aquilo que nós nos mentimos a nós proprios. Pois na realidade, no momento em que estamos em frente aquilo que negamos a nós mesmos, no momento em que nos encontramos sozinhos com o nosso objecto de desejo...
Caimos então na tentação de um mero desejo, na crueldade ou na vildade da satisfação de um momento... Sem romantismo, sem magia, apenas aquilo que... negamos a nós próprios o ser... Animais que satisfazem os seus desejos, animais que seus instintos primarios evoluiram para alem da simples gula... Sem romantismos, sem magia, sem alegorias, metaforas ou simples pózinhos de pirlimpim pim.
Eu gosto de ser romantico... Esse mero desejo tem que ter a magia da sua satisfação. A antecipação, a espera por aquele momento unico de prazer que somente nós e o nosso desejo sabemos em conjunto. Alguns podem nos ouvir a partilhar o momento, invejarem a nossa satisfação, apoiarem, renegarem... Mas não podemos nos mentir a nós proprios em relação aos nossos desejos... Não sei porquê...
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2 comentários
De caixapreta a 21.09.2007 às 15:55
Quando vivemos demasiados controlados não nos sentimos tão felizes.
Falta de romantismo é que já é pior.
Ninguém gosta de se sentir usado.
E esse recado, que teima em chegar.
Beijo
De Ogle a 22.09.2007 às 23:59
Sempre bem vindos os outros recados tambem ;)
Beijo