Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
Será?
Será que me lançando de novo em aventuras e desventuras, escritas e deambulações, será que me levará ao caminho que procuro? Será que todas estas distrações, armadilhas do presente e do passado, merecem mesmo a minha atenção? Será que valerá a pena descobrir novos bocados de um interior que se lança na teimosia de não se deixar encher? Encher, preencher, ficar cheio de algo, nem que seja, como tantos outros comuns mortais, ficar cheio dele mesmo...
No fundo o que conta não é o destino mas a aventura do caminho, caminho que percorro sozinho apesar da companhia que alguns vão fazendo nos nossos caminhos cruzados. Uns foram ficando pelo caminho, por ocasião, por ocasionalidade, por vontade, por parvoíce, por perder o contacto, por ter muita coisa para contar e não saber por onde começar, por não ter nada para dizer, porque a vida assim o é nos nossos caminhos pela vida. Cada vez que me lembro deles despertam sentimentos presentes e passados, emoções desta minha aventura, por vezes desventura, mas que perdura enquanto eu me conhecer e tiver a possibilidade de me lançar de novo á aventura. Até ter estofo, até ter vontade, até que a vida me deixe dessamarrado de tudo, ou que as amarras não sejam ainda pesadas o suficiente para me arrastarem...
Será que me engano? Será que questiono demasiado? Será que renasço de novo? Será que vale a pena partilhar isso?...
A procura é sempre interessante, os processos são uma constante, estas vozes que me falam de forma incessante.