Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
Espelhos
Por vezes penso que os espelhos so refletem a imagem superficial das pessoas sendo isso o que leva as pessoas a pensar que são aquilo que elas pensam sobre sí mesmas. Claro que ninguém olha bem para o seu interior pois sabem que o seu reflexo é senão uma imagem reles da sua condição como pessoa. Digo condição reles porque cada vez mais observo que esta imagem, mesmo sendo um reflexo delas, é recebida com asco mesmo de quem deveria conhecer o seu amâgo. Por isso as pessoas levam com leviendade as suas atitudes para com os outros e detestam quando são elas vitímas do seu reflexo.
Por vezes, por breves momentos, não aguento e sou obrigado a espelhar aquilo que me fazem ver, aquilo que por observação das evidências verifico que é uma constante na personalidade de alguém ou nas suas atitudes. Como as pessoas não se vêm senão superficialmente não se reconhecem e acabo por ser eu aquele que é cruel ao espelhar em mim o reflexo das vossas atitudes para comigo ou para com os outros.
Quando me perguntam, o que raramente o fazem pois não sei se pelo respeito ou pelo simples medo de eu ter razão naquilo que digo, quando me questionam o porquê de determinadas atitudes é uma simples resposta... Eu serei aquilo que tu pensas pois refletes em mim aquilo que tu és e negas o ser ao te deixares absorver pela tua superficialidade. Eu terei para contigo as atitudes que me darás em troca. Cada vez me torno mais cético em relação ás pessoas e me rendo ás evidências de como elas são.
Torno-me então um espelho das más atitudes, as quais eu mil vezes falei ou tentei que se dessem conta, depois disso serei aquilo que voces são e não querem ver. Deixo então de fazer como eu gostaria que fossem para comigo e começo a ser eu o espelho fazendo o contrário acabando por fazer apenas aquilo que me fazem.
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Horizontes
Olho para um horizonte alcançável, penso que seria fácil chegar a esse local que dizem ter tão bela vista lá de cima. O problema é que eu me questiono o porquê de eu me dirigir a esse horizonte. Se não me interessa para nada chegar a esse destino que me falam para apreciar essa vista que vocês conseguem ter desse local. Não me interessa esse horizonte, basta-me ficar aqui sentado a deliciar-me com aquilo que me rodeia.
Por vezes também penso numa qualquer vista que me agrade... Mas já me esgotaram toda e qualquer vontade ao me estarem sempre a impingir uma direção. Não vou, não quero ir por aí. Não sei por onde vou ou quero ir mas sei que não quero ir por aí.
Penso que acabarei por ir por onde me sempre fizeram sentir... Dar razão a quem me deita abaixo de qualquer escada que eu tente subir... Mas também depois o mal será só meu, pois observo a paisagem sem fixar os olhos em nenhum horizonte preferindo deliciar-me com as flores que adornam o meu caminho.
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Passado, presente, futuro
Poderia dizer mil coisas sobre o passado, mas prefiro ser curto, destinar esse tipo de conversa ao significado e relevância que ele tem no meu presente. Posso apenas dizer que os factos nunca passam pelo que eu sinto ou sentia nesse passado. Os sentimentos são irrelevantes tornando-se falásias de quem não consegue construir um raciocínio lógico aparte dos seus sentimentos em relação a algo.
Dito isto será ponto acente que tudo aquilo que possamos sentir é senão um erro em relação ás coisas serem apenas aquilo que são, sem mais nada relevante senão os factos. Esses são imutáveis não dependendo das vontades ou sentimentos das pessoas em relação a todo e qualquer acontecimento.
Por isso, mesmo quando são textos escritos no passado, são colocados aqui bocados de sentimentos presentes, relacionados com acontecimentos que para mim são presentes. Esses sim necessitam ser exorcizados, expelidos, de certa forma berrados por mim num dos últimos restícios que tenho onde desabafo o que me passa pela cabeça.
O futuro são apenas desejos com maior ou menor fundamento, trabalho ou dedicação. Esperanças mesmo que possa refletir, idéias que surjam do nada, que não sejam nada... São pensamentos, desabafos, presentes no momento em que eu os escrevo, corrijo ou publico...