Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
Erros.
O mais difícil parece-me é as pessoas admitirem os seus erros. Descerem do seu cavalo e admitirem como erraram perante alguém. Se calhar por isso é que poucos pedidos de desculpas se ouvem. As coisas são como elas são, as pessoas modificam-se. Mas por muito que se modifiquem os seus padrões de comportamento revelam como teria sido, e na sequência como é que vão agir perante as coisas.
O que acho mais piada é quando insultam a minha inteligência, mas eu faço por isso, pois deixo-me ficar no meu "observatório" recolhendo informações do que me rodeia, através da vivência ou através das vivências dos outros. Acabo por conhecer mais do que as pessoas revelam de si mesmas. Raramente faço juízos á pessoa, especialmente quando esses comportamentos não me afectam. Quando me afectam geralmente também deixo passar, mas aprendo sempre, seja directa ou indirectamente.
Fico magoado com as pessoas quando eu próprio me levo ao desengano e penso que posso ser "especial" e que esse tipo de comportamentos não serão a mim dirigidos. Mas são padrões de comportamento que as pessoas parecem não conseguir contornar. Eu continuo levando a minha vida, apenas essas pessoas deixam de fazer parte dela por minha iniciativa. Não vou ter a iniciativa de iniciar conversações com pessoas que me mentiram sem razão de o fazerem, pessoas que mesmo perante o reconhecimento dos erros são orgulhosas demais para pedir desculpas. Não posso ser amigo de pessoas que desde o início de as conhecer se esconderam atrás de "máscáras" para tentar saber o quão real eu sou... Desconhecem apenas que a maior vantagem de ser real é de não precisar de me esconder, apenas preciso de controlar aquilo que saberão de mim. Por isso é que por muito que me tenha dado a conhecer, saberão sempre pouco de tudo aquilo que sou.
Conhecer realmente alguém é saber o que essa pessoa pensa só pela sua linguagem corporal, é descodificar o que se esconde atrás do olhar que nos observa. Nunca fui um cavalo de corrida e por isso nunca me interessa ganhar nenhuma corrida, e especialmente ser montado foi coisa que nunca ninguém dirá que me fez, pois sabe quem já o tentou que sou demasiado indomável, instável, podendo causar o maior dos desconfortos apenas com as minhas palavras.
Aqueles que se levaram ao engano de me tentar enganar pelas coisas mais ridículas, só posso dizer que os "quadros" que me pintam não serão senão parcas imagens aos "quadros" que eu pinto para não serem entregues a ninguém. Esses serão entregues em alturas em que o esforço que não fizeram, as desculpas que não pediram, quando já nada disso fará sentido para mim. Quando simplesmente forem erros pelos quais eu já pedi desculpa há muito tempo e segui em frente. Não erro por iniciativa, não me levo a iniciar novos erros. Foram amigos em alturas que eu o acreditei que o seriam, deixaram do ser quando o seu comportamento não me distinguiu das outras pessoas. Podem me procurar a vontade, se não se importarem de receber o meu vazio... porque sei que um dia destes, e não faltará muito tempo...
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Por caminhos conhecidos...
Percorro de novo estes caminhos reconhecidos de jornadas que me são tão familiares. Renasce de novo a necessidade de falar aquilo que me tormenta e que necessita do meu exorcismo. São de novo coisas que ficam por dizer e que muito dificilmente serão entendidas como são ditas. Porque a interpretação e os momentos de leitura continuam a ser diferentes (http://olhemparaisto.blogs.sapo.pt/17031.html). O que fazia sentido no início também o faz agora, de outra forma, em outros tempos.
Para todos/as aqueles que se escondem nas sombras a ver aquilo que escrevo, para aqueles que tentam buscar sentido naquilo que sou, até mesmo eu próprio procuro esse sentido, por isso escrevo, escrevo o que me vai no pensamento, seja concreto ou abstracto, seja o sentido que for.
Escrevo porque algo me deixou de novo rendido ao reconhecimento do momento em que me encontro e aquilo que no momento sinto. Porque as linhas que falam por mim não dizem tudo aquilo que necessito dizer. Porque me coloco em nova jornada, numa nova revolução de mim mesmo, onde nasço e renasço, onde alguns morrem e outros nascem, onde a evolução natural das coisas tem que acontecer.
Prefiro mil vezes a felicidade do abstracto do que a momentaneadade do tangível concreto. Sou aquilo que por dentro se encontra mas muitos poucos observam. Mas renovado, depois da infeliz conclusão que poucos pelos que me dei ao trabalho foram merecedores do mesmo. Só posso ficar descontente comigo pelos que não tiveram e o mereciam.
Pois sigo novo caminho... nova jornada... Por caminhos conhecidos encontrando aquilo que não foi reparado na altura. Seguindo em frente por caminhos conhecidos encontrando sempre algo novo.