Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
Suburbios...
Como será o reflexo de uma versão urbana, pontos centralizados de aglomerações de pessoas que buscam uma melhor qualidade de vida... Ao desengano se dirigem então paras estas cidades, as quais não comportando a população se desenvolve em cidades, freguesias e concelhos pelos quais nem se nota a diferença de passagem por não existir uma verdadeira identidade que diferencie cada lugar. As diferenças arquitectónicas apenas se nota blocos de construção desenfreada e desorganizada á medida que os suburbios evoluem. As localidades onde se criam as cidades dormitório, onde a maioria da população trabalha no grande centro urbano. Cidades fantasma, locais onde apenas se dorme, mas não se vive realmente.
Mas os jovens são largados a um ceto "abandono" pelos pais que trabalham no grande centro. Estes são obrigados a, sem uma verdadeira orientação, conseguir encontrar um rumo, uma forma de sobreviver num local onde realmente não se vive, apenas se sobrevive. Largados então em pequenas sociedades, organizadas apenas pela forma social em que todos os humanos se organizam, como verdadeiros animais que variam de matilha para matilha, com diversas identificações pessoais ou relacionais, de gostos formas de agir, ou apenas de sobreviver.
Nos suburbios, parte ignorada de uma cultutra que se diz urbana, reflexo de movimentos sub urbanos, que são experimentados, aceites, imitados, copiados, inter ligados... Nos suburbios, por aqueles que são esquecidos á sobrevivência da tão bela selva urbana...
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Ao ritmo da música...
Numa chamada geração rasca onde se começou a falar das tribos urbanas, aqueles que se identificavam com determinado tipo de grupo geralmente com a musica como denominador comum. Os metaleiros, os freaks (ou novos hippies), os ravers, os desportistas, todos aqueles estereótipos tão variados como os diferentes tipos de música que existia. Uma mescla tão rica como a variedade humana. Grupos emergentes que buscavam em diversas direcções a mesma sensação de pertença a algo diferente do que os rodeava, a permanente insatisfação com o status quo... Isto claro antes de serem aglutinados pela homogeanezação da sociedade e da pressão das responsabilidades diárias.
Eram vozes que gritavam liberdade fazendo uso de toda a libertinagem que podia quebrar alguma barreira imposta por aqueles que ainda viviam os fantasmas de uma repressão. Quebraram várias barreiras na esperança adolescente que um dia outros lhes seguiriam no que de bom se retirou dessas experiências... Mas depois viraram adultos. Foi-se então toda essa vontade de viver ficando cada vez mais conservadores daquilo que lhes fica apenas ao controle do possível e rapidamente alcançável.
Toda essa riqueza vai-se mantendo e evoluido apesar de ser de outras formas, as barreiras essas somos nós que as colocamos á nossa frente. Os condicionamentos humanos de uma vida em sociedade, especialmente nas cidades urbanas, somos nós que os colocámos á nossa frente perante a pressão exterior. Se nos queremos realmente pronunciar livres como em adolescências esquecidas, teremos então que pronunciar de novo essas vozes enraivecidas e descontentes com o status quo... Mas a que ritmo faremos isso agora se a nossa música é outra?