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Consumo, a forma de viver rápida

Terça-feira, 21.11.06
    Muda-se de tudo nesta vida de consumo, habituados a um consumo de tudo o ser humano urbano acaba por viver tão depressa quanto as coisas que consome. Seja os produtos, ideias , conceitos ou sentimentos a sociedade urbana acaba por "viver no fio da navalha" consumindo o indivíduo no seu anonimato... Sem poder parar para desfrutar de um momento na sua plenitude, acaba por consumir-se a ele próprio na tentativa de saber o que lá vem ou qual o sentido a dar a um rumo que já tomou e não se pode alterar.
    Levam-nos a crer que somos aquilo que consumimos, categorizam-se os produtos de forma a serem associados a valores, ideias , sentimentos, por forma a nos identificarmos com aquilo que consumimos, perdendo-se a identidade do indivíduo. Individualiza-se o ser humano por forma a segmentá-lo sem explicar a importância que essa individualidade tem para um bem comum, ou sequer sem se preocupar em estabelecer essa individualidade como válida numa progressão de um objectivo comum conhecido por todos. Torna-se, a preciosidade do indivíduo, num ego exacerbado que leva a destruição do que o rodeia ou a um combate de egos pela conquista de um poder não existente sobre o próximo.

«Se o objectivo do jogo é vencer, então o batoteiro é o único verdadeiro jogador » - Jean Baudrillard

    Somos seduzidos dando poder a quem nos seduz, somos amedrontados por forma a seguirmos líderes que não demonstram medos falaciosos que nos incutem.

    Consumimos para nos sentirmos parte integrante... E morremos com a mesma velocidade do quê ou quem consumimos... Quem não é consumido cai no esquecimento de uma morte pronunciada por aqueles que já não vêem o produto da individualidade esquecida.

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publicado por Ogle às 16:20

Mar, leva as lágrimas de sal

Quinta-feira, 09.11.06
    Na orla do mar me encontro e desencontro consoante o bater das ondas. Como se esperasse as marés vivas para arrebatar a minha costa. Um sossego após o turbilhão que iria alterar a face das minhas areias. Detritos trazidos pela erosão do vento. Pois só o vento nada altera senão com o passar do tempo ou com um vendaval brusco e forte tal como tempestade.
    As pequenas marés diárias são senão pequenas flutuações esperadas... Já se sabe o que lá vem tendo até horas marcadas. Um mar calmio , perfeitamente navegável mesmo com a bandeira vermelha, mas sem uma embarcação estaria condenado a algumas braçadas, até ficar sem fôlego, ser tragado pelo mar que me cuspiria de volta, pois a ele não pertenço.
    Mar que tantos bravos levaste com a tua tempestuosidade, que tantas famílias em desalento deixaste, mas que me acalma ao me perder na imensidão do teu horizonte, no bater das tuas ondas, no som que fazes ao encontrar a terra... Líquido salgado como as lágrimas que já levaste embora, junta as gotas que jorram dos meus olhos ás tuas, faz com que elas se percam na tua imensidão. Deixa-me em terra firme, terra que se altera para aquilo que tu a deixas ao encontrares os detritos de longínqua firmeza. Assim, como minhas lágrimas erodem a minha firmeza, levando os detritos de quem sou, junta-as a ti.
    Um dia chegarei ao outro lado do horizonte e encontrarei outras terras, mas tu mar, com todos os teus nomes, serás sempre o mesmo líquido que transporta as lágrimas de sal...

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publicado por Ogle às 12:43





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