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Momentos eternizados.

Segunda-feira, 17.04.06
Por momentos eternizados reencontramos a nossa alegria. Momentos de felicidade plena que prolongamos na memória. A mesma memória que contabiliza o peso em cada prato da balança da felicidade. Seremos felizes apenas em certos momentos? Será que somente quando atingimos grandes picos de alegria reconhecemos a felicidade? Porque é que prolongamos esses momentos, seja com nostalgia ou simples carinho, para confirmarmos a alegria?
Porque somos levados ao consumo de objectos, conceitos, emoções, idéias, ideologias, pessoas, sem sentir o prazer do momento. Com medo que o momento seja maior ou menor do que ele realmente será... Apenas a confirmação no presente é possível, não pelo simples consumo de excitação e vontade imediata, mas pelo momento que parece durar para sempre, que dura na realidade e nos sonhos, no momento em que é vivido ou sentido.
Aquele em que a temporalidade é sincrónica com a vivência do momento. Não contabilizado por grau ou qualquer medição de tempo, mas pela satisfação que é trazida na sua vivência. A duração será o momento em que nos torna felizes, com um conjunto de momentos diferentes, que perfazem um consequentemente maior, um simples momento ou o momento que é a nossa vida.

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publicado por Ogle às 23:44

A imensidão do espaço vazio.

Quarta-feira, 12.04.06
A grandeza do infinito que nos puxa a curiosidade. O que estará do lado de lá, algures, por de tráz daquele vazio onde chega a nossa limitada visão. Encontrar algo onde antes não existia nada, descobrir e dar nome a nenhures. Descobrir o que se encontrava num espaço onde antes não existia nada para nós...
O que estará por detráz daquela porta, naquela sombra, naquele recanto, escondido numa folha branca, qual o som por detráz do silêncio, as cores da penumbra, o que estará enconberto, escondido? O desconhecido que nos atrai e puxa a curiosidade, que nos eleva a uma infância onde não sabiamos mais nada do que hoje. A felicidade da descoberta, da inocência, da fantasia vivida, do foguetão de cartão que nos levava em viagens inter estrelares, para lá da imensidão do vazio, no limite do infinito, mais perto de algo, para além do nada. Mas nesse vazio não nos encontrarmos á deriva perdidos num espaço sem conhecer os seus limites, apenas descobrindo essas alegrias num acaso em que julgamos ser mais do que um mero momento. Correr atrás das borboletas, das cabeças-de-bruxa que flutuam ao sabor do vento, perdermo-nos com o cheiro de uma flôr até espirrar, olhar para o chão e encontrar uma pedra que poderá ser preciosa, com ela escrever no chão as palavras que ouvimos desde criança, escutar os pássaros, cantarolar músicas que não existem em mais lugar nenhum, desenhar figuras com as nuvens.
Descobrir que somos mais criança quanto inocente nos sentirmos... Viver... Descobrir como encher a imensidão do espaço vazio que era a alma antes de a enchermos com algo. Com o que nos rodeia, com o que nós nos rodismos, criar algo onde antes não havia sequer conceito, idéia, imagem remota de uma incógnita. Nessa imensidão de espaço vazio a que chamamos mundo. Deixar algo mais que a herança da nossa ascendência, onde antes não havia mais senão a pergunta. Ocupar aos poucos numa imensidão de criação em silêncios e espaços vazios.

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publicado por Ogle às 23:42





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