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Procura-se liberdade na realidade.

Segunda-feira, 27.03.06
Apregoa-se aos sete ventos que existe toda a liberdade que podemos imaginar... Mas apenas no pensamento persiste essa liberdade.
- Sou anarca do pensamento... Sou aquilo que se pode chamar de um pensador sem regra nem ordem... No pensamento...
- Sou comedido em tudo o que faço tornando até um atado na vida, pois sou anarca e não vivo aqui...
- Sou aquilo que sou e penso aquilo que penso, perdendo-me com os dois embevecendo-me com o mundo... Com a natureza simples das coisas complexas, com um intricado de cores, sabores e formas... Sei o que me agrada, o que me desagrada, aquilo que me atrai e o que me repele. Não sou a maioria mas compreendo-a, defendendo-a ás vezes como qualquer humano que encontra outros com as mesma convicções. Mas mais me desencontro do que me encontro e revejo nos outros supostos iguais a mim. Aqueles que me rodeiam desiludem-me assim como eu a eles, será a única relação ideal a platónica? Aquela que pensamos que poderia existir na liberdade mas que nunca poderá ser trazida à flor de uma democracia da maioria, com falsas morais, estereótipos ou simples ignorância. Com correntes, modas, políticas, pura movimentação das massas pela avidez, luxúria, do puro e duro egoísmo.
Procuro a pureza de pensamentos no encontro com a sua exteriorização, procuro a sacralidade da beleza do imaginário, a satisfação no momento da união e da partilha de duas mentes...
Tenho o meu misticismo... o pensamento pode ser exteriorizado pela energia que emana. As cores são conforme os olhos de cada um... Eu tenho uma deficiência cromática... Não vejo as cores da maioria, não as sigo, não as procuro, não sou atraído por falsos brilhos de uma coisa nada enriquecedora. Não sigo o fácil... Não quero o difícil, procuro um equilíbrio. Não ambiciono aquilo que sonho e não exteriorizo... Quero ser livre e deixo todos o serem... Não uso ninguém, mesmo que essa pessoa o peça. Não quero ser líder, não quero que me sigam, apenas gosto da companhia de algumas pessoas pelo caminho. Sei o quero do futuro e muitos não estão lá a não ser como memórias de um presente que no futuro será passado...

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publicado por Ogle às 20:46

A arrogância e hipocrisia da ignorância.

Domingo, 26.03.06
A ignorância recusa tudo aquilo que não compreende sendo arrogante ao pensar que estará correcta, cometendo a hipocrisia de se colocar num expoente máximo de sabedoria, sendo ela própria a ignorância. Defende-se dela própria rodeando-se das ilusões da estupidez e da mediocridade. A presunção é então a de que é correcto renegar saber mais, pois já se sabe tudo, não tendo nada. Coloca-se no seu pedestal colocando tudo o resto que anseie num plano quase místico em que a sua recusa é algum estereótipo medíocre, redutor da sua essência única e inimitável. Com a simplicidade coloca-se contra a ignorância instalada. Não existe nada a provar a algo que nunca compreenderá uma realidade maior. A ignorância tentará sempre reduzir a complexidade da simplicidade a algo, fruto de uma cultura mosaico retirando ao senso comum, cheio de estereótipos errados e em nada evolutivos.
Será uma batalha perdida lutar contra aquilo que por si só já se condena à extinção. A direcção será contra a corrente instaurada, mas como uma pedra é inútil para alterar o curso de um grande rio também será inútil colocarmo-nos como uma pedra na enchente da ignorância. Colocarmos à margem, com outros tornarmo-nos sedimentos responsáveis pela alteração da enxurrada de baboseiras próprias da ignorância. Tal como o rio condenado à seca, que perde a força com o depositar de sedimentos no nas margens e no seu leito, também a ignorância secará pois se coloca à sua extinção.
Devemos deixar morrer por si só aquilo que se extingue sozinho. Bastará a uma chama consumir o ar à sua volta para que ela asfixie sozinha e perca o combustível da sua força.

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publicado por Ogle às 23:16

Mediocridade.

Segunda-feira, 20.03.06
Resumindo-se á mediocridade não é necessária a preocupação com a excelência da evolução. Uma vez que existe sempre uma desculpa da responsabilidade para com o próprio. A fácil excusa de qualquer responsabilidade dos actos, opiniões, atitudes, escolhas, com o simples argumento da mediocridade á qual as pessoas estão tão bem habituadas. Para quê ser uma evolução constante se existe um contentamento generalizado com a mediocridade de um ser? Para quê preocupações com essa evolução se tal implica uma luta constante e cansativa contra a mediocridade instalada quase como um status quo inabalável? A vitória esmagadora dos números leva á crença geral que é uma batalha perdida ou uma guerra que não é pessoal, mas sim atribuída a intelectualismos desnecessários e que não farão parte de uma felicidade generalizada a todos os seres humanos.
Para quê preocuparmo-nos em adquirir conhecimento quando este nos coloca mais questões sem resposta, ficando para tráz as questões mais mundanas que nos dão tanta preocupação e ansiedade na vivência do sucesso dos outros, ou a vivência dos outros nos nossos sucessos? Arranjarmos mais questões que serão exteriores a uma felicidade tangível e contabilizável? Para quê criarmos estas dúvidas que nos perseguem ao longo dos tempos? Será bem mais fácil resumirmo-nos a uma mediocridade aceitável e reconfortante. Resumirmo-nos ao entretenimento, ao culto do ócio e do lazer. Não querer saber de mais nada senão a barriga cheia de comida gourmet, bens com um branding facilmente reconhecido pelos outros, para que possam ver os sinais exteriores do nosso sucesso, sinais tão fortes como a fácil imagem que nós acreditamos ter perante os outros.
Para nos desculparmos nas nossas falhas, para que não sejamos responsáveis por nós, pelas nossas idéias ou pelas nossas atitudes. Para que nos possamos defender exteriorizando todo o insucesso com que temos que viver toda a vez que não conhecemos algo e erramos como é normal. Para que nada abale o nosso ego, as nossas ilusões que criamos á nossa volta. Para que a ilusão ultrapasse a realidade consciente do que nos rodeia. Para que não nos tenhamos que preocupar com o mundo que nos rodeia para lá do que conseguimos alcançar com os nossos sentidos limitados.

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publicado por Ogle às 01:28





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