Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
Clemência da valência da cumplicidade.
Separámo-nos do nosso caminho em conjunto pois sabiamos demais. Já não éramos inocentes , já tinhamos tomado a consciência de nós e queriamos mais. Valeu-nos a nossa cumplicidade. Ficará sempre na minha memória como tempos felizes. Juntos ultrapassámos barreiras que nós, inocentemente, colocávamos no nosso caminho. Largámo-nos porque sabiamos que não seria juntos o nosso destino.
Ainda nos encontramos no nossos pensamentos, ou em conversas esporádicas que mais parecem monólogos distantes. Pois já não nos procuramos, mas procuramos uma parte de nós. Procuramos a inocência da nossa cumplicidade. Aquela que nos deu tanto prazer e alegria. Perdemos a inocência, a cumplicidade, o nosso rumo em conjunto. Mas fazemos parte um do outro... Uma parte que vai sendo cada vez mais distante, pois existirão outras inocências que desconhecemos, que não seremos cumplices na sua perda. Já não faz sentido que assim o seja, apesar de já ter feito todo o sentido e mais algum, mas éramos cumplíces... Quando fez sentido que assim o fosse.
Se sou distante desculpa, se pareço cruel desculpa, se já não consigo te dar calor desculpa... Mas já não sou inocente.
Autoria e outros dados (tags, etc)
Exorcismo.
Será o exterior que me tem que desafiar? Serei eu a desafiar o meio a desenvolver para um desafio em conjunto? Será que não querendo desempenhar nenhum papel necessito dessa ilusão para seguir em frente?
Afogo-me em demónios transformados em qestões que não me permitem vislumbrar um caminho seguro e calmo. Terei que ganhar esta batalha antes de conseguir seguir em frente? Poderei apenas esgueirar-me por uma pequena brecha de luz? Fecho os olhos e os demónios não fogem. Adormeço sem a acalmia do descanço merecido. Sonho com as questões que me arrastam...
De rastos ergo-me com a minha bandeira mostrando que ainda não caí por terra. De joelhos recupero o folego cravando as unhas na espada que perspassa o meu futuro. Aniquilo os demónios aos poucos procurando o refúgio ao longo do caminho. Sigo as brechas de felicidade como a luz do meu caminho que me cega ao mesmo tempo que me atrai...
Na luta persiste o desafio que nos obriga a prosseguir sem nunca baixando os braços, impelindo-nos para a frente como força motriz do desenvolvimento.
No final da batalha o silêncio aclama o vencedor, ao escutar o silêncio verifica-se a solidão da vitória.
Autoria e outros dados (tags, etc)
Aqui me encontro e desencontro.
Com tudo aquilo que sou e penso que sou, conflitua com aquilo que vejo e sinto nunca me sentindo satisfeito. A insatisfação constante por não nos revermos nas rotinas dos papéis que quase que somos forçados a desempenhar. Esta sociedade moderna, urbana, distante. Onde se prega a individualidade egoísta sem explicarmos o valor dessa realidade ser simples, honesta, de respeito, com consciência e cognescência das consequências dos seus actos. Onde se prega e se adere a palavras daqueles que não nos fazem sentir tão sozinhos e abandonados. Onde buscamos interpretações de acordo com as expectativas prévias e preconceituosas que fazemos das coisas. Onde pensamos estar certos pois esquecemos-nos que só poderemos estar certos para nós próprios, procurando então o reconhecimento pelos outros, sem consideração pelos actos dos quais deveriam ser conscientes, desculpando-se da sua inconsciência, com a certeza do seu ego.
Quanto mais conhecemos mais verificamos que não sabemos nada. Como é que é possível que o ego faça pensar o contrário?!
Autoria e outros dados (tags, etc)
Nova jornada...
Agora de uma forma mais pessoal uma junção e evolução do parco eu que aqui me apresento. Como poderão encontrar "Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento."