Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
A fé errada: clubismos, partidarismos e religião.
Pertencer a um partido é uma escolha racional ou reflectida baseada na crença de que as linhas condutoras do partido e/ou ideologia política serão as mais correctas para a nossa evolução enquanto sociedade.
Pertencer a uma religião é apenas uma escolha baseada numa crença em que essa será a verdade universal daquilo que nos transcende.
Em todos se apoia incondicionalmente as suas figuras ou personalidades no certo e no errado, aceitando a sua fé como incondicional e crendo que a mesma se baseia nas verdades universais que serão a idéia superior adjacente a cada uma.
Em cada um se fecha os olhos ás atrocidades dos seus lidéres tornando-se dogmáticas a sua conduta, ou postura, sendo que eles nunca efectuariam nada em contrário ás verdades e aos dogmas que cada um comporta na sua crença.
A fé é algo que nos impulsiona. A fé é acreditar que o seguimento e a continuidade da vida têm uma ordem e que não poderão ser apenas fruto de acontecimentos caóticos e sem razão de ser.
A crença por vezes é móbil da fé. Crê-se que algo nos é transmitido ou dito é essa ordem superior e acreditamos com toda a nossa fé que essa verdade virá ao de cima. Nós como bastonários dessa verdade estaremos mais perto da felicidade prometida pelas crenças que nos incutem como fé dizendo que nós vemos mais e somos os eleitos.
Eu tenho fé nas pessoas, as minhas crenças não são para aqui chamadas. As minhas crenças são o veneno que me ilude quando não tenho as respostas para aquilo que me transcende. As minhas crenças são os meus desejos que tento ver como verdades absolutas, universais e inabaláveis. A minha fé é que a felicidade prometida chegará a todos quando as crenças não deturparem o raciocínio. A minha fé é que as minhas crenças não serão impostas mas compreendidas e aceites por todos se as mesmas forem tão universais como eu acredito que elas sejam.
A minha fé é inabalável, as minhas crenças crescem comigo, não sou eu que cresço com elas.
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A voracidade do entretenimento de consumo.
A cultura do lazer e do prazer cada vez mais é-nos incutida sem que nos preocupemos com o prazer da criação ou o lazer de exercer alguma actividade construtiva. O entretinimento e o ócio tornam-se substitutos do prazer e do lazer.
Da mesma forma é incutida a individualidade sem que nos preocupemos em inserir essa individualidade na sociedade (por excesso), ou cria-se a individualidade "fantasma" em que se mina a individualidade em deterimento do grupo cada vez mais homogénio e indiferenciado.
Em nome do entretenimento assiste-se a atrocidades sem que sejam explicadas e ensinadas as implicações que tais atrocidades têm no nosso quotidiano ou na nossa evolução como humanos.
Nesta voracidade consumista começa-se a dar valor a uma cultura mosaico baseada num senso comum erróneo e onde aquele que consegue mais seguidores no seu juízo errado se encontra correcto. Dá-se importância a idéias que se baseam em falásias apregoadas em distorções de verdades que por vezes são universais.
Ilude-se o consumista ao oferecer-lhe a satisfação temporária de todos os seus desejos pelo consumo de algo que terá o seu preço: "Necessitas aventura? Consome X!"; "Necessitas liberdade? Consome Y!"; ou pela maneira mais fácil de iludir alguém, pela percepção que ela tem de si própria, "Sê diferente, aventureiro, arrojado, criativo! Sé o produto Z!".
Apregoa-se á razão de ser como razão para consumir o lixo e o ruído existente, porque na lei do consumo prevalece a oferta e a procura. Desengane-se o senso comum que quanto maior a procura maior será a oferta, quanto maior a oferta maior será o estímulo dado á procura e mais voraz será o consumo.