Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
Verdade passada...
O que fazer? Partir numa viagem interminável em que o fim é a morte. Perseguir um sonho que não se desloca mas no entanto se encontra cada vez mais longe. Assim como algo que se procura e nunca se encontra. Viagem circular no deserto do sentimento.
Como combater? Fugir de fantasmas que não existem e nunca lá estiveram. Perseguir sentimentos que se encontram inertes no momento em que desaparecem. Procurar saídas de um labirinto interminável de questões que nos levam ao princípio da existência.
Qual a solução? Aceitar a não existência do destino deixando-o passar ao lado e acreditando que é ele que nos guia. Lutar contra ele tentando mudar algo que nunca irá acontecer mas que por fim nos faz acreditar que fomos nós que o mudámos. Sobretudo a solução é viver o que nos foi dado para viver... A nossa vida.
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Carpe diem, Carpe diem, façam felicidade!
Criança que brinca com inocência, tenho pena de já não ser assim. Sempre uma criança poderemos ser mas a inocência perdida nunca mais volta. Foge, parte sem dizer nada deixando-nos desamparados no mundo das crueldades, na sobriedade dos pensamentos que nunca ocorrem. A embriaguez da noite deixa-nos de rastos. Perdemo-nos numa vida simples e monótona mas é a vida, o que podemos nós fazer?
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Admirar o passado...
Um retrato que me salta á vista, incessavelmente cansativo. És tu!... Mais um que procura se esconder no seu próprio mundo. Revelaste um ser que, de longe, és tu. Não passas de um nosferatu que vive do mal e que da tristeza se alimenta. Horrível, obscuro, insano, és tudo isto mas não passas de mais um nada que em nada se tornará. És tu!... És tu aquele que me persegue e, mais que ninguém, me atormenta. Sigo só num mundo solitário. Sou eu!... Apesar de todos os meus defeitos sou eu. Tu és parte de mim, vives em mim, tornas-te em mim.
Sou tudo e não sou nada. Ouço tudo e não ouço nada. Vejo tudo e não vejo nada. Sinto tudo mas contudo... não sinto nada. Apenas sou eu e sou tu !!!
Olhai o céu, a terra, o mundo. Olhai em vossa volta e digam... digam qualquer coisa de útil... digam algo. Não fiquem indiferentes ao que se passa, não ignorem o inevitável. Vejam no que é que nos tornámos!!! Numa coisa desinteressada e desinteressante. Sou um nada que veio do nada e que irá parar ao nada.
No topo do mundo está aquele que sabe tudo... quem?!? Alguém viu? No cume do monte o velho sábio está. No cimo do cume toda a sabedoria se encontra... Isolado do resto, o futuro.
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Verborreia, a quanto obrigas!
A verborreia preferisse...
Sim tu, só tu me obrigas a desejar ser mais alto, tal como poeta, ardor sem nada arder. Tal verborreia buscasse sem espantar qual espectador incauto ao seu significado mais profundo. Como vil gonorreia que se assemelhará a um momento de puro pico de prazer libidinoso, somente em constância de substância ejaculada, pois tal pico de prazer não se sofre nessa continuidade. A verborreia será sempre melhor, tendo em atenção a uma maior suavidade de significado. A gonorreia associa-se logo ao que será, pelo menos em género. A verborreia não, será sempre uma gentil palavra mal interpretada que poderá até dar prazer... Pelo menos o prazer mesquinho do saber.
Então inventando nova palavra, a verbonorreia, semelhante á ejaculação de um muco, num proferir de logorreia, onde o muco representará o prazer continuo, pela piada do significado, ao saber que haverá aqueles que não o apreciarão por simples vivência histólita e poeril.
Verborreia, a quanto obrigas! Tu que me puxas nesta logorreia pelo simples prazer de explorar campos de palavras, significado, significantes, género sonhos insignificantes como verborreias discursivas, abusivas da nossa inteligência, sempre proferidas por aqueles a quem os mais incautos, neste meadros das verborreias, se deixam levar tipo cordeirinhos do rebanho. Pois a liberdade é liderada por verborreias verosímeis ditas por discursadores creditados.
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...
E assim começa uma nova jornada... Nova porquê? Por ser altura de renovação. Não porque se inicia um novo ano, para alguns que contam o nascimento de um mártir, celebrando o seu nascimento com uma figura criada comercialmente para vender uma ideia já há muito esquecida. Não será simplesmente por isso... Será pelo ritual de abandono ao caos por uma noite, como no inicio dos tempos onde só existia o caos, e no caos encontrando novo rumo no meu "axis mundi". Não, não será por isso. Iniciasse uma nova jornada pois mais não há mais que fazer do que renovar algo, reinventá-lo, torná-lo em algo sólido, estruturado e melhorado pois bem. Será isso evoluir, sempre, constantemente, não deixar morrer o pensamento e a curiosidade. Sentimentos de curiosidade pelo o que o futuro nos trará, estar actualizado ao presente, considerar o passado e rumar ao futuro. Seguir um passo além daqueles que caminham ao nosso lado, não para lhe ficar á frente mas para incentivá-lo a seguir também em frente. Permitirmo-nos à insensatez de arriscar porque assim parece ficar melhor. Aprender para manter um espírito cada vez mais aberto. Receber dos outros os seus ensinamentos, deixarmo-nos embevecer pelo conhecimento uns dos outros. Criar cada vez mais e melhor porque não há mais nada a fazer, está no nosso sangue, na nossa memória mais primordial, nos genes, na massa do ser.