Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
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A nostalgia dos tempos passados que nos acodem á memória. Relembrar o passado para que possamos afirmar o futuro. Para que a nossa construção seja a maior possível e assente sobre as melhores bases que tenhamos. Quem somos já o fomos anteriormente e seguiremos a ser isso, mudando apenas para que sejamos melhores. As loucuras, os erros, os devaneios do passado que buscavam um rumo afinal têm os seus frutos. Encontramos aquilo que desejamos que seja constante no nosso rumo. Construímos-nos, reinventamos-nos, destruimos-nos para criar algo novo. Até quando? Até quando será correcto e aceite fazermos isto? Até sempre? Para que não estagnemos e estejamos sempre a aprender, pois claro! Para que o nosso caminho seja sempre uma evolução, pois claro! Para que não nos percamos na vida e na emaranhada teia do esquecimento, pois claro! Temos que nos reinventar para que possamos criar algo sempre de novo e actual.
Por vezes a actualidade já foi em nós construida no passado. Como é possível que as melhores soluções por vezes se encontrarem nas gavetas das recordações? Porque nós não nos reinventamos sem a base que somos nós próprios. Porque as criações passadas poderiam estar inadequadas na altura em que foram feitas e agora serem actualizadas e adaptadas para que sejam maiores. A criação maior...
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Passos que ecoam nas profundezas do meu pensamento. Passos que me impelem para a frente mas que se abatem pelo eco, as reminescências do seu propósito. O eco que relembra as asneiras que dizemos ao vento e que este nos devolve com a aspereza de quem nos martiriza. Ecos do passado... Passos para o futuro... Neste impasse mantemos-nos presos a um presente desagradável. Não é aquilo que realmente se quer mas vai-se vivendo com ele abraçando-o como inevitável... E assim nos perdemos.
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Os olhos mostram-nos tdo o que se passa ao nosso redor, mas somente ao redor. Depois o nosso cérebro codifica, descodifica, categoriza, associa e arquiva aquilo que os nossos olhos captam em conjunto com todos os outros sentidos e acontecendo o mesmo quando é outro sentido que estará a receber a maior informação no momento.
Assim cada código é peculiar e único, nunca superior. Poderá ser mais complicado, intrincado, emaranhado, disfarçado, complexo, convexo, convergente, divergente ou simplesmente uma réstia de informação quantificada e qualificada, mas será sempre original.
Nenhuma folha recebe uma gota igual a outra que caia sobre si, nem sequer outra folha a receberá do mesmo modo como caiu na folha anterior, nem mesmo uma segunda gota pois essa já será recebida após a reação da anterior.
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No fundo é fácil procurar a felicidade, basta que a realidade seja a nossa maior fantasia. E o que é que acontece aos sonhadores?! Os sonhadores são loucos, insatisfeitos com aquilo que lhes é apresentado como "felicidade". Querem sempre mais e isso torna-os insatisfeitos com a vida, em lutas constantes com a procura da sua felicidade e a dos outros.
Os sonhadores não são egoístas e por isso sofrem. Sofrem com os hipócritas e egocêntricos que partem do pressuposto que todos nós partilhamos as suas realidades pobres, mesquinhas e pequenas. E com isso morrem os sonhadores, ou morrem eles ou matam o sonho que com eles se perde.
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Por vezes a espera traz as repostas, por outras traz mais perguntas. Com novo alento se inicia o que é novo por não existir fadiga associada. Como? Como seria possível cansarmos-nos sem iniciar alguma coisa? Não o é, e simplesmente, ao iniciarmos algo novo se começa com todo o vigor. Mas esse alento mais cedo ou mais tarde esmorece por não acabarmos nos prazos estabelecidos e previstos. E quanto mais se adia o prazo menos vontade temos de acabar o que começamos com alento e vigor. Mas esmorecemos porquê? Por não verificarmos a validade do que criamos. Questionamos o porquê do que criamos, o porquê do que estamos a fazer, para quê é que o estamos a fazer... Porque gostamos de fazer o que estamos a fazer, isso não basta?!