Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
...
Sendo a nossa aprendizagem por tentativa/erro há que experenciar até chegarmos á soluçao. Por vezes, quando essa procura é abandonada, a solução não existe. Solução como resolução do problema, pois existem hipóteses que não podemos esclarecer. Por vezes a solução passa pelo abandono do problema.
Este abandono não é porque o problema não tem resolução, ele terá sempre resolução, poderá é não nos ser apresentada a hipótese correcta na altura em que nos é apresentado o problema. E por isso, para que se evite o desgaste e a paranóia da resolução, a solução é abandoná-lo. Considerar que a sua resolução nos transcende de momento e procurar resolver outro problema que se nos apresente.
Veificar apenas que a solução não será apresentada no momento em que a requeremos. Mas a seu tempo tudo se resolve e para tudo há solução.
Autoria e outros dados (tags, etc)
...
Existem alguns que acreditam, nos seus desejos de aproximação, que o abandono ao caos será o mais próximo. O abandono ao caos não é implícito, nem implica, um abandono á destruição! Estando esses dois conceitos frequentemente associados não será a resposta correcta. O caos apenas implica uma ordem baseada na não existencia de ordem definida, existindo um mar de possibilidades infinitas, pelo que não deverá ser associado a nenhum de conceito de ordem, ou desordem, convencionado.
As nossas escolhas aumentam as probablidades de algo acontecer, mas não pode substanciar a credibilidade dos nossos desejos. A realidade, e a aproximação á mesma, é um abandono a essas probablidades e de forma analíctica verificar o sucesso, ou não, dos nossos desejos, como uma aposta que se faz. Ou se perde, ou se ganha a aposta mediante a avaliação das probablidades.
Autoria e outros dados (tags, etc)
...
Ás expectativas criadas sobre algo só devo a minha esperança em que elas se concretizem ou não. Deixando-me cegar pela felicidade desejada fui batendo em paredes sem luz em que o caminho era nada mais que o obscuro. Deixei-me levar pela esperança de que era diferente de tudo aquilo que tinha desejado até agora... Mas não era. Apenas desejava compreensão daquilo que sou, para que me compreendesse a mim próprio necessitava de feedback. Mas não o possui, apenas desejava que já a tivesse possuido sem nunca verificar se era apenas incompreensão ou despreocupação. Contudo não tenho a resposta pois essas nunca nos são dadas quando as queremos. As respostas aparecem-nos sem nos darmos conta. Quando nos questionamos sobre as respostas só nos aparecem mais perguntas ás que não temos resposta e as dúvidas aumentam. Sonhei que era possível encontrar as respostas em perguntas pois deixei-me levar pela ilusão do desejo.
E fiquei com mais questões do que trazia. Num desvairo de paranóia pensei mais uma vez- a responsabilidade só a mim se deve. Mas não... A compreensão por outrém não só é da nossa responsabilidade mas também daquele que nos tenta compreender. Aquele que nos tenta compreender deve também se dar a essa compreensão pois a ele se colocam as dúvidas e questões que é necessário compreender. Por vezes o outro desiste de nos compreender porque não verifica sucesso em nenhuma conclusão a que chega. E assim a responsabilidade se torna nossa.
Autoria e outros dados (tags, etc)
...
Não somos infelizes por não atingirmos os nossos sonhos, somos infelizes pela nossa realidade.
Na expectativa encontramos a desilusão. Nos sonhos e desejos o aumento das expectativas.
A desilusão da vida é meramente uma desilusão da expectativa criada. A ilusão é uma falásia pois não sustenta nada a não ser a expectativa para com a vida. Os caminhos da realidade onde vivemos, que nos se apresentam num mar de possibilidades caóticas e sem intenção pré-definida, somos nós que os escolhemos por forma a possibilitaruma ordem que por nós é aferida num rumo definido pelas nossasepectativas. Por vezes essa ordem é definida pelo nosso "Axis Mundi", é definido por aquilo que nos ajuda a percorrer um caminho e ver esse caos começando num eixo orientador, condutor por vezes do que nos é sagrado. Definindo e aferindo significados sagrados a coisas que não têm mais nada que a sua própria realidade, também caótica na sua essência.
Autoria e outros dados (tags, etc)
...
A posse de algo é tudo pois sempre é algo mais que nada... A soma quantifica a totalidade até ao momento para contabilização pressuposta do que virá depois... E por vezes isso não chega para nós... Tudo ou nada.
Devaneios de loucura na criação compulsiva, expressando um vómito de palavras demasiado reais para que sejam entendidas da mesma forma que são expressas. Qual será o sentimento por detrás delas.Somente vendo as mesmas imagens que são comportadas simbólicamente pelo discurso da linguagem convecionada num código para a comunicação de uma raiva expressa de modo a ficarmos sem fólego para que não se expluda.
Autoria e outros dados (tags, etc)
...
E por vezes somos tiranos das nossas imagens pois acreditamos que elas são inabaláveis, estruturadas, intemporais, maiores que qualquer verdade sendo mesmo próximas de uma verdade absoluta... Absolutamente errada e hipócrita. Absolutamente oposta aquilo que nós vemos e acreditamos ser o melhor. Mas somos essas imagens. A imagem que nós criamos de nós, a que pensamos que os outros criam de nós, a que os outros criam de nós, e as que criamos para os outros.
A vida passa em imagens diante dos nossos olhos. Nas nossas mentes são construídos pensamentos formando-se imagens que nos facilitam uma visualização da concretização de um plano potencial para uma realidade mais próxima com os nossos desejos.
E as imagens desvanecem-se nas nossas mentes que estão treinadas para fugirmos de metade delas.
Autoria e outros dados (tags, etc)
...
Depois há aqueles que se querem aproximar da mensagem da imagem aproximando-se do criador da mesma e mesmo assim vão junto da sua experiência criar a emoção para com essa compreensão.
Mas por vezes apenas se quer uma emoção tirada da mensagem expressa nos símbolos que ela contem. Não uma compreensão total da mensagem mas apenas uma emoção. Outras vezes procura-se a compreensão da mensagem e a sua discussão.
Autoria e outros dados (tags, etc)
...
Sou discrente da realidade dos outros pois não sou os outros. Acredito nos outros apenas quando os consigo encaixar em mim... Que egoísmo!
Acabei a minha existência, acredito na minha essência, passei a ser sem existir... Deixei de encontrar sagrado na realidade e condenar-me ao caos, pois eu sou seu instrumento. Renego o meu cosmos pois ele é inutil para os outros... Sou já não existo, pois deixei de pensar mais o que sou, como ou porque é que o sou. Que se acabem com todas as emoções pois elas são primitivas. Entopem a racionalidade, deturpam a lógica e fomentam a expectativa. A expectativa faz pender o prato da balança para o lado da vivência que consome, ou é consumida, pelas emoções; aquelas que não verificam, interrogam ou esclarecem a experiência.
Um exemplo perfeito disso é o meu julgamento. A raiva que expresso pelas emoções ilusórias (aquelas que nos colocam num determinado cosmos) faz com que as renegue, que não veja qualquer utilidade nelas senão a própria mágoa que é originadora da raiva. E coloco-me eu num caminho sem saída... Num ponto circular e não evolutivo. Num sistema destrutivo e que em nada contribui para o todo. Aquele em que me quero inserir e glorificar, aquele que quero fazer evoluir. è como fazer parte de um todo sem deixar de particularizá-lo em mim... Na minha vivência... E a parca experiência do todo que essa particularidade é!?
Autoria e outros dados (tags, etc)
...
Então verifiquei que morri... Morri para a felicidade pois só aí a encontratrei... Aquela que é eterna. Há uns dias tinha morrido (pensava eu) pois encontrei felicidade... Mas não foi eterna e por isso renasci um homem novo. A expectativa em que achamos ter encontrado semelhante pelas parecenças enormes que existiam. Mas não era semelhante e por isso encontrei-me na discórdia e verifiquei que a realidade não combina com essa felicidade e morri. Morri para o Mundo dos outros onde a expectativa é móbil para uma vivência sem experiência, e se eleva a glorificação que a vida merece a uma futilidade egoísta de querer-lhe pertencer sem verificar onde é que se lhe pertence.
Morri para o mundo dos outros porque eles me mataram.Morri para o mundo dos outros e para a sua felicidade pois por vezes essa é a minha infelicidade. Por isso definei-me... Matei interiormente todo o sentimento ilusório em que vale a pena ser feliz sem compreender o que é ser ou ter a felicidade.
Estar vivo, a pensar, a existir dentro da existência que me foi concedida. Não é felicidade? Seria se essa existência não se tornasse infeliz por estarmos sempre a quantificar essa felicidade pela futilidade da vivência das emoções. Futilidade da vivência sem experiência, sem apredermos nada com essas emoções e sentimentos. De que nos servem? De que servem aos outros? Sofrer por ter ou por querer ter, por não poder ter, por ser difícil de conquistar para ter, por não nos darmos conta que temos, por não mostrar aos outros que existem, pelos outros não terem dentro deles como eles acham que são segundo a sua experiência, segundo a sua vivência.
Autoria e outros dados (tags, etc)
...
Condeno todos ao abandono do meu esquecimento. Pois na felicidade não há lugar para os enfermos. Condeno todos aqueles que na sua felicidade destruam, manipulem, persigam, subjuguem, iludem, condenam, marginalizem, roubem e explorem todas as outras. Pois não há maior felicidade que a nossa para nós assim como a dos outros é para eles.
Ninguém como nós serve de moeda de troca. Ninguém igual a nós serve de exemplo daquilo que nos fazem sentir. Não é por me destruir a mim próprio que vou destruir os outros. Mas vou construir e criar para que com eles criar algo maior...
Um pesar muito grande por aqueles a quem a felicidade mata... mata a felicidade da inocência.
Um chorar muito grande pelos inocentes que não sentiram mais nada a não serem mais nada do que uma moeda de troca que causa tanta infelicidade.