Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
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Tudo bem que compreender a razão de ser dos nossos actos nos ajuda a viver de acordo com eles, mas não temos hipótese de o fazer antes dos impulsos que nos levam até eles. Pois não houve apenas um início, mas vários. Não existe apenas uma criação e a sua evolução, mas várias. Não somos apenas um, mas mais um.
Não existe algo por si só mas também não existe só ao ser comprovado por outro. Apenas existe. É claro que ao ser comprovada a sua existência lhe dará mais força de existência, mas ela já seria prévia a essa comprovação, sendo que a comprovação lhe dá outra existência... a existência da ou por comprovação. Tal como o mundo que já existia antes de nós mas que ganhou outra existência ao existirmos pois o comprovamos. A existência de algo ao ser comprovada apenas a modifica para uma coisa nova. Podendo crescer, alterar ou desenvolver num determinado sentido a existência. Aquela em que foi comprovada ser e se tornou. Comprovação que é moldada pela expectativa. Expectativa do que seria, do que é e do que poderá vir a ser. Pois ela é comprovada pela consciência existindo já na inconsciência. Apenas não era sabido que assim o era. Mas é!
Talvez o problema seja esse. A diferença entre o que existe entre o que poderia ter sido, que poderá vir a ser e o que realmente é.Na omnisciência está tudo o que é.
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E onde é que nós ficamos no grande esquema da totalidade? Qual o nosso lugar ou papel? No grande esquema das coisas onde é que nós ficamos? De que parte do todo é que somos e em que parte é que somos o todo? Qual é esse todo? Não é possível ganharmos essa consciência. É como acreditar que todas as células do nosso corpo, todas as suas partes mais minúsculas, poderiam ter a consciência da sua função e importância para o todo que nós somos. Como se fosse possível que qualquer forma de vida pudesse ganhar consciência. E ainda por cima consciência do seu papel, desde o micro ao macro universo. Pois isso seria omnisciência.
E depois dizem que não são todas as formas de vida, serão só alguma de consciência mais elevada que estarão perto dessas respostas. Os "eleitos"! Aqueles que a quem a verdade será revelada. A verdade a quem eles aderem, pensando que antes disso não fariam parte dele. Nessas ditas adesões ao todo (todas elas com diferentes conceitos de todo) aceitam-se as promessas de eleição em algum momento. Mas qual eleitos qual quê! Promessas de omnsciências onde a consciência individual comete actos inconscientes renegando as outras consciências, contrárias ou não á sua, que poderão ensinar-lhes mais sobre a sua.
Nós somos feitos do mesmo que nos rodeia. Aglomerações diferentes em diferentes quantidades das mesmas substâncias básicas. Os elementos primordiais. Aqueles que estariam na primeira criação. A do todo. Qual todo? não interessa pois somos apenas uma infima parte. O importante é desempenhar o nosso papel o melhor que saibamos e conseguimos.
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E dizem que os afasto do caminho... Mas qual é o caminho senão outro que a verdade? Qual a função do pensamento senão o exteriozamos? Porque é que nos colocam formas, padrões, ou porque não chamar-lhe regras disfarçadas de normas? Porque nós precisamos de pontos de orientação que nos guiem e digam o que seguir ou para que direcção. E por isso aderimos sempre a algo para que não nos sintamos tão insignificantes e sem rumo. Porque não conseguimos dizer que não passamos de alguma coisa perdida. Poderão dizer que alguns o estão mas mesmos esses procuram alguma verdade, a verdade do prazer. Poderão apenas se justificar dizendo que não encontram outro significado ou verdade que uma passagem prazeirosa que deverá ser desfrutada ao máximo. E todos nós acabamos por ser assim, apenas temos é diferentes maneiras de sentir prazer. Mas qual a procura de prazer qual qué? Isso é meramente uma desculpa para nos abandonarmos a um processo egoísta e só. O nosso prazer mesquinho claro! Porque depois existe o prazer da criação... O prazer de ver algo construído por nós. Um pensamento, uma peça, um texto, um desenho; uma verdade partilhada, amada, apreciada, detestada, compreendida em parte, na totalidade, no momento, na constância e para tudo o possível o seu oposto.
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O que será que sou? Esquizofrénico! Porque vivo em mundos diferentes, o meu e o que interage com o dos outros. E não é isso? Isso o qué? Acabou de o ser... Fiz agora mesmo isto... Escrevi estas palavras... Porque iniciei uma coisa, porque estão a ser criada agora, com espectativa do que poderá ser, do que eu penso ser, do que sonho fazer com esta criação. E o que realmente conta? O que é agora o meu momento?! Ou o vosso?! A minha escrita ou a vossa leitura? O meu pensamento ou o vosso? O que eu escrevo ou o que penso que são? E quando eu o leio já não é a mesma coisa de quando eu escrevo? E quando eu faço já não é a mesma coisa que eu pensei fazer mas acabei por fazê-las na mesma. por que assim são... mas quando é que o é realmente?... Agora?! Voltem uma linha atrás.
Acabaram de o fazer mentalmente quer queiram quer não. Admitam que o fizeram e veem que o agora(?!) mudou quando continuaram a ler. Da mesma forma que acabou de sê-lo mesmo ainda há pouco... Quando escrevi, quando corrigi e quando foi pensado, lido e corrigido por mim... por mim e por voçês.
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Estou farto de promessas, expectativas de futuro ou crenças fantasmagóricas que não evoluem em nada a espécie humana. Estou farto de valores que só interessam ás vezes ou mentiras que se chamam "informação controlada". Estou farto das meias verdades em que as pessoas acreditam por não quererem saber mais ou não quererem saber de todo porque não interessa saber tudo aquilo que nos rodeia, pois isso preocupa-nos demais, mostra-nos a nossa insignificância perante o mundo dos outros e as suas realidades sem nexo ou rumo.
E isto tudo porque interessa áqueles que nos dão rumo... o rumo que lhes interessa a eles, sem nos deixarem procurar, descobrir ou mesmo seguir o rumo que nos completa. Que se destruam os dogmas e os preconceitos e que possamos viver livres de todas as correntes que nos deturpam e prendem á vida de todos os outros para podermos dizer realmente que somos livres.