Olhem para isto
Desabafos de um paranoico, esquizófrenico, tarado, com a mania que é artista e que é incapaz de perceber porque é que as pessoas não conseguem ser o que dizem que são mas apenas o que lhes interessa ser no momento.
Assumpção, responsabilidade, anonimato...
Aclama-se a máxima- " Faz como eu digo, não faças como eu faço!" - desculpando a hipocrisia das nossas atitudes perante as pregações daquelas que nós dizemos ser as nossas acções. A assumpção de uma diferença que se preocupa em se identificar tanto como uma oposição, que acaba aclamando essa oposição mesmo contra a sua própria lógica. " Sou contra a discriminação, sou contra todos aqueles que discriminam achando que deveriam ser prostados da sociedade." ; " Sou contra todas as formas de racismo e a favor dos favoritismos dado ás minorias!"
Analizem bem as vossas opiniões e idéias mais enraizadas, dissequem-nas de uma forma analíctica e científica. Identifiquem a vossa personalizade de uma forma exteriorizada vendo que a nossa imagem ao espelho não é assim tão bonita. Olhem bem para o espelho mas não para se admirarem, sim para encontrarem toda a vossa possível horripilência da alma, do vosso amâgo. O encontro com a nossa atitude mais animalesca, o instinto reptiliano da sobrevivência, o encontro com as atitudes mais vorazes. A perca de toda a luxúria, do ego, o encontro com a nossa verdadeira essência. Ser apenas humildemente egoísta pela nossa felicidade, a simples satisfação das necessidades mais básicas de qualquer tabela de necessidades. Tomar a responsabilidade como argumento das nossas escolhas, atitudes, idéias e opiniões.
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Sentir, compreender, amar.
Já terei falado, em textos anteriores, que o amor seria aquilo que nós humanos devolvemos ao universo como elemento primordial (para além dos elementos terra, água, ar, etc). Já tambem falei que o amor incondicional nos ajuda a compreender algo mesmo que não o sintamos. Poderá então ser o amor incondicional uma ajuda na resolução do conflito compreensão-sentimento? Todos aqueles que foram considerados profetas de alguma ideologia religiosa ou filosofia de procura do significado da nossa existência tropeça neste conceito. É algo incontornável, elevado á celebração máxima ou ao tabu, sacrilégio, puro dogma quando não se sente aquilo que nos ajuda a compreender mas não tem compreensão. O amor é algo que sentimos e ajuda a compreender aquilo que amamos. Não é algo que compreendemos, é algo que sentimos. Não sentimos que o compreendemos em si mas ajuda a compreender o objecto pelo qual o sentimos. Parece uma solução tão simples mas ao mesmo tempo procuramos explicar um sentimento complicado e embrulhamo-nos em questões intermináveis que nos colocam cada vez mais no conflito compreensão-sentimento. Não nos sentimos completos ao procurar a compreensão do Mundo, falta tempo para o sentir... Não nos sentimos completos ao sentir o Mundo pois acabamos por não compreender nada dele...
Amando encontramos a "cola" entre os dois, a ponte que une as margens em conflito, o equilíbrio da dictomia, não por excesso, não por defeito, mas por uma constante.